Mesa de reunião entre advogado e médico discutindo contrato de locação em consultório com documentos e laptop abertos

A busca pelo consultório ideal pode ser um desafio para muitos profissionais da saúde. Contratos de locação, apesar de parecerem simples, podem esconder detalhes que impactam diretamente a rotina, a segurança financeira e o próprio atendimento médico. Vivenciei situações em que um detalhe esquecido resultou em meses de dor de cabeça, e sei que alguns colegas também já passaram por isso.

“Negociar o consultório certo vai além do valor do aluguel.”

Pensando nisso, reuni aqui 7 pontos jurídicos que merecem atenção ao negociar qualquer locação para consultórios médicos. Neste processo, contar com orientação de escritórios especializados, como a De Castro & Agostini Advocacia, pode trazer mais tranquilidade e evitar problemas futuros.

1. análise das cláusulas contratuais

Todo contrato de locação é, por definição, um conjunto de direitos e obrigações. Consulte cada cláusula com calma, questione o que não entender e avalie os detalhes.

  • Prazo do contrato. Verifique se está de acordo com o planejamento do seu consultório. Contratos curtos podem dificultar a fidelização de pacientes.
  • Multas rescisórias. Elas são comuns, mas os valores podem ser negociados. Uma multa muito alta limita suas escolhas no futuro.
  • Renovação e reajustes. Evite surpresas revisando como e quando o aluguel será reajustado.

2. finalidades específicas de uso

Consultórios têm exigências próprias. Alguma vez você já precisou adaptar uma sala e o proprietário impediu ou dificultou isso no contrato? Essa situação é real e relativamente frequente.

Certifique-se de que o uso para fins médicos conste claramente no contrato de locação. Isso evita questionamentos ou restrições futuras, especialmente ligados à instalação de equipamentos ou circulação de pacientes.

Médica sentada lendo contrato de locação em consultório com mobília moderna 3. adaptações e obras no imóvel

É raro encontrar uma sala exatamente pronta para um consultório. Geralmente, existe a necessidade de pequenas reformas, seja para adequação de acessibilidade ou instalação de lavatórios e equipamentos específicos.

  • Confirme no contrato quais obras você pode realizar.
  • Registre por escrito acordos sobre quem será responsável pelas despesas.
  • Alguns contratos exigem o retorno do imóvel ao estado original; negocie ou peça flexibilização se investir em melhorias permanentes.
“Uma pequena obra pode trazer grandes conflitos se não for prevista no contrato.”

4. responsabilidade por taxas e encargos

Aqui está um ponto frequentemente negligenciado. É comum, infelizmente, descobrir só depois quem é responsável por IPTU, condomínio, seguro, reformas ou manutenção da fachada.

Solicite que cada obrigação esteja muito clara. Se possível, detalhe quem paga cada encargo. Custa pouco hoje e vale muito no futuro.

5. garantias locatícias

Muitos contratos pedem garantias como fiador, caução em dinheiro ou seguro-fiança. O tipo de garantia influencia tanto a aprovação quanto os custos.

  • Analise qual opção pesa menos no seu orçamento.
  • Busque alternativas: alguns proprietários aceitam carta-fiança bancária ou até pagamento adiantado parcial.
  • Negocie prazos, principalmente se estiver começando e o capital estiver comprometido em outras despesas.

6. sublocação e cessão

Para quem compartilha espaço, essa cláusula é fundamental. Deixar de mencionar sublocação impede dividir custos com outros profissionais da saúde no futuro.

Se a ideia for sublocar ou ceder parte da sala para outro médico, garanta autorização prévia do proprietário, registrada no contrato.

“A parceria que salva o bolso começa no contrato bem feito.”

7. rescisão e prazos de aviso

Às vezes, a necessidade de rescisão antecipada surge. Imprevistos acontecem. Preveja prazos razoáveis de aviso e negocie multas proporcionais à quantidade de meses que faltar para o fim do contrato. Geralmente, 30 dias de aviso é considerado o padrão, mas pode ser ajustado.

Advogado orientando médica em consultório com documentos de locação Atenção aos detalhes traz segurança jurídica

Pode soar repetitivo, mas se tem um ponto que aprendi: contratos são feitos para prever o imprevisto. Com atendimento personalizado, como o oferecido pela De Castro & Agostini Advocacia, fica mais simples ajustar cláusulas, entender direitos e preparar o consultório para crescer. Não existe negociação sem incertezas, mas você pode minimizar riscos com informação e apoio especializado.

Se estiver avaliando um novo espaço, sugiro conversar com um advogado experiente na área médica antes de finalizar sua decisão. Até porque, a tranquilidade de trabalhar num espaço seguro não tem preço.

“Negociar bem hoje é evitar surpresas amanhã.”

Conclusão

Negociar a locação de um consultório médico pode parecer simples no começo, mas cada detalhe do contrato faz diferença no longo prazo. Em cada um dos sete pontos acima, a atenção e a clareza evitam desgastes e abrem portas para parcerias mais saudáveis. E, claro, contar com a experiência da equipe da De Castro & Agostini Advocacia pode ser o diferencial entre uma escolha arriscada e um passo certo rumo à estabilidade profissional.

Quer segurança ao negociar sua próxima locação? Converse conosco, tire suas dúvidas gratuitamente e tenha o apoio de quem entende as necessidades do profissional da saúde. Cuide do seu consultório com respaldo jurídico. Seu futuro agradece.

Perguntas frequentes sobre locação de consultórios

O que deve constar no contrato de locação?

O contrato deve especificar prazo, valor do aluguel, reajustes, garantias locatícias, destinação do imóvel para atividade médica, permissões para obras, obrigações de pagamento (IPTU, condomínio, seguros) e regras claras de rescisão. Também deve tratar sobre sublocação e eventuais normas do edifício. Cada um destes itens ajuda a evitar conflitos.

Como negociar reajuste de aluguel em consultório?

O ideal é acordar o índice de reajuste já na assinatura (IPCA ou IGP-M costumam ser usados). Se possível, tente ajustes anuais moderados e negociações em caso de alta significativa do índice. Negocie também carência ou desconto inicial, principalmente em contratos mais longos. E lembre-se: registre tudo por escrito.

É necessário fiador na locação de consultórios?

Não é obrigatório, mas muitos proprietários pedem um fiador por segurança. Outros aceitam caução em dinheiro, seguro-fiança ou carta-fiança bancária. Avalie qual opção cabe melhor em seu orçamento e possibilidade de aprovação. Sempre pergunte por alternativas.

Quais cláusulas evitar ao alugar consultório?

Evite cláusulas que imposibilitem adequações essenciais, multas altas para rescisão, impossibilidade de sublocar ou dividir o espaço (se esse for seu plano), ou transferência de todos os encargos ao inquilino (como manutenções caras e seguros sem controle). Exija redações bem claras e sem ambiguidades.

Como funciona a rescisão de contrato de consultório?

A rescisão pode acontecer a qualquer momento, mas normalmente há necessidade de aviso prévio por escrito (geralmente 30 dias) e pagamento de multa proporcional prevista em contrato. Negocie valores razoáveis e tente incluir possibilidades de rompimento sem multa em casos de transferência, saúde ou fechamento obrigatório.

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Dr. Gabriel Gastin

Sobre o Autor

Dr. Gabriel Gastin

Somos um escritório jurídico especializado em Direito Médico e Empresarial, criado para ajudar médicos a transformarem o sonho da clínica própria em uma realidade sólida e segura. Atuamos desde a abertura do CNPJ, escolha da forma societária e estruturação de contratos, até a proteção contra riscos trabalhistas, tributários e regulatórios que fazem parte do dia a dia de quem empreende na saúde. Nosso foco é simples: oferecer aos médicos a tranquilidade de exercer sua profissão, enquanto cuidamos da parte jurídica que garante segurança, compliance e crescimento sustentável para clínicas e consultórios. Aqui no blog, compartilhamos nossa experiência prática com médicos de todo o Brasil, abordando temas como regulamentação da ANS e ANVISA, LGPD aplicada à saúde, tributação inteligente, contratos de sociedade médica, gestão de riscos com pacientes e colaboradores, além de estratégias jurídicas para o mercado da saúde. Mais do que advogados, somos parceiros dos médicos que querem empreender sem medo, construindo negócios sólidos, lucrativos e preparados para o futuro.

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